Zinco protoporfirina

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É um indicador biológico decorrente da interferência do chumbo na síntese do heme e correlaciona-se bem com o chumbo sangüíneo. A zincoprotoporfirina (ZPP) pode permanecer elevada por anos nas intoxicações severas, em razão da inibição da síntese do heme pelo chumbo depositado e posteriormente liberado. A NR-7 estabelece valores de referência e IBMP para a ZPP na monitorização da exposição ao chumbo. A ZPP é o melhor indicador de exposição crônica que o chumbo sangüíneo por apresentar meia-vida mais longa (67 dias). Na exposição crônica, o pico de ZPP ocorre em 6 a 9 meses, enquanto o pico do chumbo sangüíneo ocorre em 3 a 6 meses. Após a eliminação da exposição, a ZPP pode permanecer acima dos valores de referência por até 2 anos. A ZPP tem menor especificidade, alterando-se em outras condições (anemia ferropriva, hemolítica e de doenças crônicas). Estudo em trabalhadores expostos mostrou que o achado de ZPP aumentada e chumbo sangüíneo em faixa não tóxica pode predizer concentrações tóxicas de chumbo sangüíneo com seis meses de antecedência, podendo, assim, indicar toxicidade incipiente.


Método

Método Hematofluorimétrico

Nível terapêutico ou Valor de Referência

Até 40,0 μg/100mL (NR-7, 1994, MT/BR) IBMP:100,0 mcg/100mL (NR-7, 1994, MT/BR)


Condição

- Sangue total (heparina).
- Momento de amostragem “não crítico”, desde que o trabalhador esteja em trabalho contínuo, sem afastamento maior que 4 dias.
- Recomenda-se iniciar a monitorização após 3º mês de exposição.
-Conservar em frasco âmbar.