Proteínas totais, dosagem

Comentários

 Sangue: dosagem utilizada na avaliação do estado nutricional e na investigação de edemas. Aumentos são encontrados na desidratação, doença hepática, neoplasias, mieloma, macroglobulinemia Waldenströn, hanseníase, leishmaniose, doenças granulomatosas, colagenoses, uso de corticóides, digitais, furosemida e contraceptivos orais. Valores baixos podem ocorrer na gravidez, cirrose, imobilização prolongada, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, neoplasias, enteropatias perdedoras de proteínas, desnutrição, hipertireoidismo, queimaduras, doenças crônicas, e no uso de carvedilol e laxativos. Hemólise pode causar aumentos espúrios.
 Veja também comentários nas proteínas totais e fracionadas e eletroforese de proteínas.
 Líquido ascítico: valores abaixo de 2,5 g/dl são considerados transudatos (cirrose, insuficiência cardíaca). Valores acima de 3 g/dl são considerados exsudatos (carcinomatose, ascite quilosa, pancreatite). Uso de diuréticos pode transformar transudatos em exsudatos. O gradiente sérico-ascítico (valor no soro menos valor no líquido ascítico) acima de 1,1 g/dl sugere hipertensão porta.
 Líquido pleural: valores abaixo de 2,5 g/dl são considerados transudatos (cirrose, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica). Valores acima de 3 g/dl são considerados exsudatos (neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia e quilotórax). A razão líquido pleural/soro acima de 0,5 indica exsudato.
 Líquido sinovial: elevação de proteínas podem ocorrer nos processos inflamatórios articulares.
 Líquor: níveis elevados ocorrem na hemorragia subaracnóidea, meningites, uremia e Síndrome de Cushing. Valores baixos ocorrem no pseudotumor cerebral, hipertireoidismo e punções lombares repetidas. A presença de sangue no líquor acarreta aumento da proteínorraquia (1 mg/dl para cada 1.000 hemácias).
 Urina: em condições fisiológicas o glomérulo impede a passagem das moléculas de proteína para urina. Normalmente, pequenas quantidades são eliminadas na urina, sendo a albumina predominante. Proteinúrias funcionais podem ocorrer em decorrência de atividade muscular, frio excessivo, grávidas (em pequenas quantidades) e na proteinúria ortostática benigna. Elevações podem decorrer de alterações patológicas: febre; congestão venosa; gamopatias monoclonais; glomerulonefrites, síndrome nefrótica, eclâmpsia, infecção urinária, prostatite e uretrite.


Método

SANGUE: Biureto
LÍQUIDO ASCÍTICO: Biureto
LÍQUIDO PLEURAL: Biureto
LÍQUIDO SINOVIAL: Biureto
LÍQUOR: Vermelho de pirogalol
URINA: Vermelho de pirogalol

Nível terapêutico ou Valor de Referência

- SANGUE:
6,4 a 8,3g/dL

LÍQUIDO ASCÍTICO:
Transudato:< 2,5 g/dL Exsudato:> 3,0 g/dL

LÍQUIDO PLEURAL:
Transudato:< 2,5g/dL Exsudato:> 3,0g/dL

LÍQUIDO SINOVIAL:
-2,5 a 3,0g/dL

LÍQUOR:
• Lombar:15 a 45mg/dL
• Cisternal:10 a 25mg/dL
• Ventricular:5 a 15mg/dL

URINA:
Valor de referência Urina 24h:
- 20 a 150mg/24h
Urina recente:
- Relação proteína/creatinina: até 0,20


Condição

- SANGUE:
- Soro. Conservação

LÍQUIDO ASCÍTICO:
- Líquido ascítico.

LÍQUIDO PLEURAL:
- Líquido pleural.

LÍQUIDO SINOVIAL:
-Líquido sinovial.

LÍQUOR:
- Liquor.

URINA:
Urina (urina recente - urina 24h* ou conforme orientação médica).