Ministério da Saúde esclarece dúvidas da população sobre o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika

“O mosquito Aedes Aegypti pode matar, por isso ele não pode nascer”, este é o tema da campanha do Ministério da Saúde deste ano, que faz um alerta para os riscos de transmissão de três doenças graves: dengue, chikungunya e zika, além de chamar a atenção para a importância do combate aos criadouros. O Ministério da Saúde tem recebido várias dúvidas da população sobre o assunto. Quem esclarece é o secretário de vigilância em saúde, do Ministério da Saúde, Antônio NardI. Saiba mais.

 

REPÓRTER: O que é a dengue, zikavírus e a chikungunya?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: Dengue, chikungunya e zikavírus são três doenças transmitidas pelo mesmo vetor: o mosquito Aedes Aegypti. Trata-se de uma arbovirose, isto é, uma doença transmitida por um vetor que está ligado ao grupo arbovírus.

REPÓRTER: Quais são os sintomas provocados pela dengue, chikungunya e zikavírus ?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: Todas as três doenças, elas têm algum tipo de sintomatologia característico, como: febre alta, dor no fundo dos olhos, vermelhidão na pele, coceira ou distúrbios gástricos. Desta forma, o que nós indicamos é que ninguém faça uso de automedicação e procure imediatamente uma unidade básica de saúde.

REPÓRTER: Qual a importância da detecção precoce da dengue, chikungunya e do zikavírus?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: Qualquer uma dessas três doenças, se detectada inicialmente e com o manejo clínico correto, elas terão um prognóstico de evolução, não deixando sequelas e não chegando a casos graves. A dengue pode matar. Desta maneira, não deixemos que os casos graves cheguem, para então procurar, ou mesmo tomar medicamentos incorretos.

REPÓRTER: O que o paciente pode fazer, caso seja detectado com dengue, chikungunya ou zikavírus?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: Se o paciente começar a ter qualquer uma das sintomatologias, ele deve primeiro, não fazer uso de nenhuma medicação, tomar muito líquido e procurar imediatamente uma unidade básica de saúde em qualquer um dos 5.570 municípios brasileiros. Caso seja nos finais de semana, esse paciente deve procurar uma unidade de pronto atendimento 24h para que os profissionais que lá estiverem possam ter a condução e o manejo clínico correto deste paciente.

REPÓRTER: O que a população pode fazer para evitar a dengue, chikungunya e zikavírus?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: Já é comprovado que o meio de multiplicar o Aedes é por meio de água parada. Desta forma, cada um dos brasileiros deve se colocar como um agente de endemia. Nós estamos adotando o sábado, como o sábado da faxina. Se todos os sábados, nós verificarmos na nossa casa e eliminarmos todos os recipientes que juntam água parada e possam proliferar o Aedes Aegypti nós não deixaremos que o ciclo do mosquito se concretize, tornando um mosquito vivo. Destruindo os recipientes com água parada, nós eliminaremos o Aedes Aegypti, como nós estamos adotando na nossa campanha de mídia. Se o mosquito da dengue pode matar, ele não pode nascer.

REPÓRTER: Tem alguma região com maior prevalência de dengue, Zikavírus e chikungunya?

Secretário de Vigilância em Saúde – Antônio Nardi: A região que nós temos tido maior casos de notificação de microcefalia associado ao zikavírus está concentrado em maior número na região Nordeste. Porém, a dengue está em todos os estados brasileiros. Este ano, tivemos uma epidemia de dengue em várias regiões do país, principalmente na região Sudeste, onde o estado de São Paulo, sozinho, é responsável por acima de 50% dos casos totais de dengue do ano de 2015. Por isso, todos juntos contra a dengue.

 

Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito Aedes Aegypti têm crescido ao longo dos anos. Neste ano, foram garantidos mais de 1 bilhão e 200 milhões de reais para ações de combate e prevenção. Para mais informações acesse a página do ministério, o endereço é www.saude.gov.br.

 

Fonte: www.portalsaude.saude.gov.br

Reportagem:  Luiz Philipe Leite