Antitrombina, funcional

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A Antitrombina (previamente conhecida como antitrombina III) é uma glicoproteína anticoagulante natural, que inibe a trombina e os fatores X e XI ativados. Sua deficiência está associada a um estado de hipercoagulabilidade, com o aumento do risco de trombose venosa. A deficiência de antitrombina III está presente em 1-2% dos casos de trombose, podendo ser congênita ou adquirida. As deficiências congênitas são divididas em tipo I e tipo II. No tipo I a concentração e a atividade da antitrombina estão diminuídas. No tipo II, apesar da concentração normal da antitrombina, a sua atividade funcional é baixa. Assim existem ensaios antigênicos, que determinam a quantidade da proteína, e ensaios funcionais. Uma vez que os ensaios funcionais identificam ambos os tipos de deficiência, os ensaios antigênicos só devem ser realizados se o ensaio funcional estiver diminuído, para que se defina precisamente o tipo de deficiência. As deficiências adquiridas são mais comuns e podem decorrer de redução da síntese hepática (hepatopatias crônicas, hepatite aguda), de aumento do consumo (tromboembolismo agudo, coagulação intravascular disseminada, cirurgia), perdas (síndrome nefrótica) e de outras causas (uso de heparina, uso de estrógenos, contraceptivos orais, L-asparaginase, fase tardia da gestação). Raramente o uso de anticoagulante oral pode levar a um aumento e normalização dos níveis de antitrombina em pacientes com deficiência hereditária. Ao nascimento, níveis de antitrombina são em média 63% dos níveis do adulto, aumentando a estes níveis aos seis meses de idade.

 

 

 

 


Método

Cromogênico

Nível terapêutico ou Valor de Referência

80 a 120 %

OBS: Recém-nascidos a termo ou prematuros sadios podem apresentar níveis diminuídos, que devem atingir o nível normal em 90 a 180 dias.


Condição

- Plasma citratado (citrato de sódio 3,2%. Proporção: de 9 partes de sangue para 1 de anticoagulante).
- Jejum: 8h.

Informações necessárias

- É desejável que o paciente não esteja usando anticoagulante oral por pelo menos 2 semanas e heparina por 48 horas. A suspensão de qualquer medicação deverá ser feita sob a supervisão e autorização do médico responsável pelo paciente.
- Informar uso de anticoagulantes e qual a dosagem.
- Colher em tubo siliconizado, sem garrotear ou com garroteamento mínimo.
- O tubo de citrato deverá ser o segundo na ordem da coleta. Se não houver solicitação de outro exame, colher tubo sem anticoagulante, desprezar e depois colher o tubo com citrato.
- Centrifugar imediatamente após a coleta (3000 rpm por 15 minutos).
- Separar o plasma cuidadosamente, transferindo-o para tubo siliconizado ou tubo plástico. Cuidado para não tocar a ponteira na camada de células, pois isto pode contaminar o plasma com plaquetas.
- Repetir o processo de centrifugação transferindo novamente o sobrenadante para outro tubo com os mesmos cuidados anteriores a fim de garantir um plasma com menos de 10.000 plaquetas por mm3 de plasma.
- Contar o número de plaquetas residual e caso tenha mais de 10.000/mm3, repetir o processo. Se possível informar no pedido a contagem encontrada.
- Congelar imediatamente.

Conservação:
Até 8 horas em temperatura ambiente.
Até 30 dias congelado em temperatura inferior a - 20oC.