Ácido Metil-hipúrico, urina

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• Sinonímia: Ácido Metilipúrico
Orientações
• Preparo pré-analítico:
– Permanecer duas horas sem urinar.
– Não ingerir bebida alcoólica nas 24 horas anteriores ao exame.

Amostra:
– Exame realizado em amostra de urina isolada.
– Na avaliação ocupacional, coletar a amostra após a jornada de trabalho e no mínimo, após dois dias seguidos de exposição. A coleta deve ser imediatamente após o final da jornada de trabalho, pois sua excreção é bastante rápida.

Comentários

• – O ácido metil-hipúrico é o principal produto da biotransformação dos xilenos ou dos dimetilbenzenos. Por isso é um excelente indicador para exposição ao xileno, correlacionando-se bem tanto com o nível de xileno no ambiente de trabalho quanto com a concentração total do solvente que é absorvida pelo indivíduo exposto.

– O xileno e muito utilizado nas indústrias químicas, de plásticos, fibras sintéticas, couro, tecidos, papéis, e como solvente para tintas. A absorção da substância ocorre rapidamente pelas vias cutânea e, especialmente, pulmonar, assim como sua distribuição pelos tecidos, com concentração naqueles que são mais ricos em lipídios.
– O xileno é transformado pela fração microssômica do fígado, resultando em produtos finais como: ácidos orto, meta e parametil-hipúrico – estes últimos os mais importantes metabólitos urinários do xileno.
– Os metabólitos urinários representam pelo menos 95% da concentração absorvida. A eliminação ocorre em duas fases distintas: primeira fase: nas dez primeiras horas (meia-vida de 2 a 5 horas); segunda fase: em 48 horas após o início da exposição (meia-vida de 16 a 48 horas). A ingestão de álcool inibe a via de biotransformação e provoca queda da excreção urinária de ácido metil-hipúrico.

– Os efeitos tóxicos da exposição ao xileno são os seguintes:
— irritação da pele e das mucosas;
— hepatotoxicidade, pois provavelmente provoca lipo-peroxidação;
— depressão do sistema nervoso central em exposições agudas;
— possíveis efeitos hematológicos.

– Os sintomas clínicos observados em intoxicações crônicas compreendem: cefaleia, fadiga, sonolência, vertigens, distúrbios cardiovasculares, dispneia, náuseas, vômitos, desconforto epigástrico e hemorragias nasais.


Método

• Cromatrografia líqüida de alta eficiência (HPLC).

Nível terapêutico ou Valor de Referência

• Valor de referência: não detectado em indivíduos não expostos;
- Índice Biológico Máximo Permitido (IBMP): 1,5 g/g creatinina.


Condição

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